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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Que tal um inseto para o almoço?

Vai um gafanhoto frito? Esta é a pergunta feita pelo entomólogo Arnold Van Huis em uma conferência em Wageningen, na Holanda, na semana passada. O evento reúne especialistas para discutir o papel dos insetos na segurança alimentar mundial.

O entomólogo falou à revista Nature sobre o tema: "O hábito de comer insetos ainda tem a reputação de fazer parte da dieta apenas das pessoas muito pobres. Espero que possamos mudar essa percepção durante a conferência". Huis descobriu a entomologia viajando durante um período sabático, estudando aspectos culturais dos insetos em 24 países na África. Comeu grilos e gafanhotos saborosíssimos, mas também se decepcionou com o bolo "kungu", feito com moscas que aparecem, em certas fases da lua, nos lagos da África Oriental.

Mesmo entre os entomólogos, segundo Huis, o hábito de comer insetos foi tratado por muito tempo como uma peculiaridade de habitantes de regiões tropicais. "Não se considerava que nós também podemos criar esse hábito", afirma. Para difundir o gosto alimentar no Ocidente, o entomólogos precisam definir, por exemplo, qual a melhor maneira de criar os insetos para o consumo humano – geralmente, a criação é feita em depósitos de restos orgânicos.

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